Em 9 de novembro, aconteceu o webinar Casos de Sucesso na Cooperação Brasil-Suécia, dando início 10ª edição do Annual Meeting. Com a participação de Joselito Henriques da Akaer, Rafael Bertochi da Suzano e moderação de Heloisa Menezes, mais uma iniciativa do CISB foi bem sucedida na promoção de discussões de alto nível.
Em 9 de novembro, aconteceu o webinar Casos de Sucesso na Cooperação Brasil-Suécia, dando início 10ª edição do Annual Meeting. Com a participação de Joselito Henriques da Akaer, Rafael Bertochi da Suzano e moderação de Heloisa Menezes, mais uma iniciativa do CISB foi bem sucedida na promoção de discussões de alto nível.
Alessandra Holmo, diretora executiva do CISB, abriu o seminário apresentando os convidados e a agenda da edição de 2020 do Annual Meeting, que promoveu uma série de webinars sobre pesquisa e inovação em diversos setores.
A economista e fundadora da Flow Consultoria em Inovação e Gestão, Heloisa Menezes, iniciou o debate enfatizando a importância da colaboração entre Brasil e Suécia, principalmente em tempos de pandemia, em que os processos de inovação acontecem mais rapidamente. Ressaltou também o papel fundamental do CISB em facilitar a cooperação internacional e a conexão entre organizações dos dois países que estão em diferentes ecossistemas de inovação.
Joselito Henriques, diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação na Akaer Engenharia, afirmou que a cooperação com a Suécia é de grande importância para o Brasil. É um prazer cooperar com a Suécia, e temos muito a aprende com uma nação que ocupa a segunda colocação no ranking mundial de inovação da WIPO. “Formar rede de pesquisa aplicada com envolvendo a tríplice-hélice em âmbito internacional traz resultados exponencial, dificilmente possível de ser alcançados quando se trabalha de forma isolada, aqueles que conseguem criar essas conexões acabam saindo na frente”.
Embora o Brasil esteja distante da Suécia no ranking de inovação, na área de aeronáutica, o país é um dos líderes mundiais. Nessa área, acabamos cooperando de igual para igual em tecnologia, mas enfrentamos todo o processo de inovação Brasileiro que exige da nossa equipe muito mais energia quando comprado com a equipe sueca.
Quanto aos casos de sucesso da companhia, Henriques citou que o Gripen é o maior projeto conjuntos da Akaer com a Suécia. “A AKAER entrou no projeto do Gripen quatro anos antes do Brasil decidir pela compra desse caça. Nos orgulhamos disso, pois mostra a competência técnica da empresa, e com a chegado caça no Brasil, sentimos honrado pelo fato do projeto ter sido um sucesso para o Brasil” afirmou o representante da Akaer.
Já Rafael Bertochi, Pesquisador Sênior de Processos e Celulose na Suzano, destacou que a parceria entre a empresa e a Suécia tem cerca de dez anos e ainda assim, é possível enxergar a necessidade dessa colaboração cada vez mais. Quando questionado sobre a internacionalização das empresas, Bertochi afirmou que as dificuldades financeiras dificultam o processo de inovação no Brasil e mais uma vez, a parceria com a Suécia se torna necessária. “O Brasil deixa a desejar no quesito de apoio à pesquisa e startups, principalmente se compararmos com o fundo de financiamento para esses fins por parte do governo sueco, é notável uma grande diferença.” disse o representante da Suzano.
Entre os principais resultados das parceiras com a Suécia, Bertochi que é especialista em Gestão Industrial, destacou que a Suzano tem uma postura inovadora que visa agilidade para que os resultados apareçam mais rapidamente. “Buscamos a inovação, principalmente em tecnologias mais sustentáveis com menor custo, e as startups têm tido um papel fundamental nessa busca. Temos orgulho do desenvolvimento dessas parcerias e por termos construído a maior fábrica de eucalipto do mundo e que logo será ultrapassada por nós mesmos. Vale ressaltar que hoje é possível extrair cerca de 50% de celulose do eucalipto e que todo o parque florestal da Suzano é plantado, algo que colabora na sustentabilidade”.
Agilidade, simplicidade e metodologia foram algumas das maiores lições que Joselito Henriques tirou das parcerias com suecos. “É algo que definitivamente temos que usar como exemplo. Outra coisa muito importante, é a necessidade de fomentos mais amigáveis para as empresas. É preciso que o investimento chegue na indústria que é onde a inovação realmente acontece.” declarou o Diretor de P&D+I da Akaer.
“Compartilho da visão otimista de que a cada estímulo que é dado para esse ecossistema, excelentes resultados são gerados. Falar sobre aprendizados requer o conhecimento para que seja possível aplicá-lo, tanto nas atuais quanto em futuras cooperações, visando o desenvolvimento e uma realidade melhor para os países envolvidos” concluiu Heloisa Menezes, ao encerrar a discussão.
Para assistir o webinar na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=c9th6tVJawk&t=18s