1. Vocês mantêm um forte relacionamento com parceiros brasileiros há mais de dez anos. Quais você diria que foram as principais conclusões desta colaboração?
Há muitas pessoas talentosas no Brasil e há uma atitude muito positiva em relação à colaboração com a Suécia. Ao longo dos anos, foram estabelecidas e mantidas várias colaborações estáveis que resultaram em muito mais resultados do que poderiam ter sido alcançados separadamente sem a colaboração. Sinto que o peso das cátedras tem sido importante para abrir portas e também dar inspiração e atenção aos pesquisadores do Brasil com quem temos colaborado.
2. Esta é a sua terceira extensão da cátedra. O que você espera neste novo ciclo?
Em meu terceiro mandato como Presidente, pretendo facilitar mais o envolvimento do meu departamento em colaborações com instituições brasileiras, construindo relacionamentos estabelecidos e explorando novos. A organização do nosso workshop anual SARC-BARINET, do workshop bianual WIEFP e da conferência IDEAS semestral continua a ser uma prioridade, uma vez que estes eventos promovem a troca de conhecimento e a colaboração. Também estou ansioso para ser um participante ativo em projetos de pesquisa em diversas universidades no Brasil.
Além disso, pretendo ministrar cursos de curta duração em nível de pós-graduação, possibilitando maior aprendizado e desenvolvimento em nossa área. Também pretendo envolver mais ativamente os meus colegas da LiU para garantir a continuidade da colaboração.
3. Quais são as suas expectativas em relação ao impacto desta nova extensão, bem como da colaboração entre a Suécia e o Brasil?
Espero garantir uma continuidade duradoura da colaboração.
4. Você esteve vinculado a um projeto da UFABC sobre IA e aplicações em saúde, que é uma área diferente da sua atual Cátedra. Como surgiu esse interesse?
Tenho uma colaboração de longa data com o programa de Engenharia e Gestão da Inovação da UFABC que é um programa interdisciplinar. Este interesse foi desencadeado a partir de uma chamada VINNOVA-GLOBALSTAR para colaboração internacional entre a Suécia e o Brasil em relação à saúde digital, e aconteceu que desenvolvi uma relação muito boa com o CEO de uma empresa sueca muito forte neste campo. Ao mesmo tempo, eu sabia que o Prof. Dan Henningsson também tinha interesse nisso e pensei que poderia haver algumas sinergias. Sinto também que estamos agora numa situação em que é necessária investigação sobre aplicações da IA em diferentes domínios e que podemos aprender uns com os outros.