1. Esta Cátedra está na segunda fase do seu projeto. O que você espera alcançar e espera nesta nova extensão?
Meu objetivo é fortalecer ainda mais os contatos já estabelecidos na UFABC e no ITA. Na ITA, a modelagem de compósitos em nível macro tem sido e é uma área de foco. Poderíamos explorar outras direções de pesquisa, por ex. relacionado ao corte de metal ou fabricação aditiva com foco em modelagem. A modelagem de compósitos em macronível desempenha um papel crucial no projeto e na otimização de estruturas compostas, fornecendo informações valiosas sobre seu desempenho mecânico e comportamento de falha. As técnicas de modelagem auxiliam na seleção de materiais, no projeto estrutural e no desenvolvimento de compósitos avançados na aeronáutica e em outros setores industriais.
Na UFABC há boa colaboração relacionada a polímeros nanoestruturados. Polímeros nanoestruturados são polímeros projetados ou modificados em nível nanoescala para obter propriedades e estruturas únicas. Esses polímeros normalmente têm arranjos ordenados ou controlados de cadeias poliméricas e cargas em escala nanométrica, resultando em características mecânicas, térmicas e elétricas aprimoradas em comparação com a resina a granel. Muito foco tem sido colocado na esfoliação e integração de nanoplaquetas de grafeno com o polímero. Esta área será ampliada para incluir propriedades de condução 2D de nanoestruturações especialmente projetadas.
2. Quais você diria que foram as principais conclusões do seu presidente anterior, no que diz respeito à colaboração com o Brasil?
A principal conclusão é que leva tempo para construir relações boas e confiáveis quando se começa do zero. Leva tempo para aprender as origens e culturas uns dos outros. A confiança e o relacionamento também precisam ser cultivados ao longo do tempo por meio de interações positivas consistentes, comunicação aberta e demonstração de confiabilidade. Isto tem que ser respeitado.
3. Quais são suas expectativas em relação ao impacto desta extensão, bem como à colaboração entre a Suécia e o Brasil?
Espero obter uma colaboração ainda mais estreita do que hoje. O foco na obtenção de alta produtividade na pesquisa será norteador. Relacionado a isso, gostaria de ver mais outras mobilidades do SWE-BRA, envolvendo estudantes de mestrado, estudantes de doutorado e pesquisadores seniores.
4. Como a colaboração com o Brasil impactou o seu projeto?
Claramente, o foco em nanocompósitos foi nutrido pela interação SWE-BRA. Estamos formando agora um bom grupo Chalmers/Saab/UFABC trabalhando juntos nessa área. No geral, as colaborações reúnem conhecimentos, recursos e perspectivas de diferentes instituições e indivíduos, permitindo a partilha de conhecimentos, ideias e técnicas. Este esforço coletivo pode levar a soluções mais inovadoras, a uma compreensão mais profunda do assunto e a um progresso acelerado nos campos.